Profissionais de saúde alertam para risco de colapso dos serviços enquanto população aguarda acções concretas do Presidente Chapo

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Profissionais do sector da saúde em Moçambique estão a lançar alertas cada vez mais preocupantes sobre o estado crítico das unidades sanitárias no país, afirmando que muitas delas se encontram em situação de quase colapso por falta de recursos, equipamentos e condições mínimas de funcionamento.

Segundo trabalhadores e responsáveis em hospitais e centros de saúde, as infra-estruturas estão a enfrentar problemas estruturais e logísticos que têm afectado de forma grave a prestação dos serviços essenciais. Entre as principais preocupações estão a escassez de medicamentos, a falta de materiais médicos básicos, a ausência de equipamento hospitalar adequado e condições de trabalho degradadas para os profissionais de saúde.

Esses profissionais consideram que a situação actual atinge níveis tão críticos que o chefe de Estado, Daniel Chapo, deveria abordar directamente este problema no mais alto nível, assumindo publicamente o risco de colapso das unidades sanitárias e apresentando um plano de resposta imediata. A reivindicação reflecte a frustração de uma classe que tem visto a sobrecarga dos serviços aumentar ao mesmo tempo que os recursos diminuem, num contexto de crescente procura por cuidados de saúde.

A preocupação é partilhada por profissionais que enfrentam condições de trabalho extenuantes, onde a falta de insumos básicos obriga, por vezes, os próprios trabalhadores ou os pacientes a custear medicamentos e materiais essenciais. Estes factores, dizem, não apenas comprometem a qualidade do atendimento, como também põem em risco a vida de doentes que dependem dos serviços públicos de saúde.

Para além dos recursos materiais, há igualmente queixas sobre o insuficiente reforço de pessoal técnico e médico, o que se traduz em longos tempos de espera, esgotamento dos profissionais e diminuição da capacidade de resposta das unidades sanitárias, sobretudo nas zonas rurais e periféricas.

Os profissionais têm apelado ao Governo para revisar o orçamento do sector de saúde, reforçar investimentos em equipamentos e infra-estruturas hospitalares, e estreitar o diálogo com as associações de saúde para encontrar soluções sustentáveis que evitem um colapso generalizado do sistema.

O debate surge num momento em que a sustentabilidade e equidade dos serviços públicos de saúde ganham cada vez mais centralidade nas discussões sobre o desempenho do Estado e as prioridades orçamentais, abrindo uma janela de oportunidade para que a liderança política responda de forma incisiva e transparente aos desafios enfrentados pela população.

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